*por Douglas Beltrão
Outro dia, no trabalho, num momento de tranquilidade entre os telefones nervosos, Aquela soltou pra mim: "Mas ela nem é bonita!". Silêncio. Aquela só pode tá de onda comigo... Senhor Watson, desde quando beleza é item essencial da cesta básica das relações? Respondi: "E o que que tem? Ela é uma das pessoas mais inteligentes e talentosas que conheço!". E continuei a pensar que Aquela tinha dito isso só de brincadeira, afinal, somos amigos o suficiente pra isso. 10 segundos no futuro eu mudaria de ideia. Aquela virou e falou com aquele ar de quem acabou de ver uma barata amassada: "E tu fica com quem SÓ é inteligente, é?!". Desisto. Shame on you. Yeal, mostra a ela como é ser inteligente e talentosa sem ser Victoria's Secrets:
Ah, essas francesas...
Reparou naquele 'SÓ'? Lê de novo: "E tu fica com quem SÓ é inteligente, é?!". Pra mim é difícil processar o fato de alguém ver isso e não ficar com o sentimento de que 'há-alguma-coisa-errada-em-algum-lugar-e-só-não-sei-onde'. Tá tudo errado, cara! Como assim tem que ser bonitão pra ser interessante. Qual é? Apenas este blog acha que ninguém SÓ vale o que parece, ou o que veste, ou o que bebe? Ah tá, então quer dizer que o boyzinho, bombadinho, do cabelo bom, motorizado, que faz Administração numa Faculdade Farofa, que só toma Red Bull com Red Label, que só anda na beca das brand t-shirts tem mais condições de conseguir aquele estágio do que o cara comum, que veste roupas da C&A, que graças ao ProUni faz Administração na mesma Faculdade Farofa, que tem que cronometrar a chegada na parada pra não perder o bus e que não bebe por que não tem $$ ? Má vá dá meia hora de C.U.
Eu vi em algum lugar o seguinte trecho:
You Don’t Have to Be Pretty. You don’t owe prettiness to anyone. Not to your boyfriend/spouse/partner, not to your co-workers, especially not to random men on the street. You don’t owe it to your mother, you don’t owe it to your children, you don’t owe it to civilization in general. Prettiness is not a rent you pay for occupying a space marked “female”.
Entre a aberração que é alguém só ver a beleza nos cabelos escovados e a Lily Allen com seus três mamilos cantando Womanizer, eu prefiro a segunda opção. Ao menos ela canta muito. Faz algo de bom e agrada os outros. Enquanto você - é, eu estou olhando pra você - só vive reclamando do seu chefe e não produz nada de útil durante as horas que passa conversando bosta com as amigas(os) na Internet. Modelozinho pré-moldado por pais super protetores que mimam ao invés de deixar cair pra sentir o cimento ralar o joelhos e perder a vaidade. Lily, mostra pra eles, e descalça:
Aaaah Aquela...Se tu não fosse tão limitadinha e não tivesse esse ar azedo antipático de patricinha do outro lado da Ponte do Pina que nunca pegou um Camaragibe/Derby lotado numa Segunda Feira, eu pegava fácil!
À quem eu engano...pego de todo jeito, azeda ou doce, afinal, que bundzinha é aquela, meu pai!!
6 comentários:
pois é, moço. só namoro gente inteligente mesmo, porque pra aguentar burrice, só as minhas.
sexo, faço quando quero. desculpaê!
no mais, qndo começou 'you don't have to..." jurei que era Kiss, do Prince. mas, não foi menos interessante. foi lindo!
então, abraço!
oêêê... tah, inteligência eh quase tudo, acabo de descobrir a fórmula, mas veja: uma mulher sem Victoria's Secrets meu amor, tsc tsc tsc... sei não hein! rsrsrs
seu post eh inversamente aplicável aos homens... aiai... inteligência é o melhor afrodisíaco, hein, Mr. Dual?!
;P
questionamento bobo: onde está o terceiro peito de Lily?
Sarcasm?
rsrsrs
Azeda ou doce... ainda lembra?
Sempre 'há-alguma-coisa-errada-em-algum-lugar-e-só-não-sei-onde'.
é justamente esse o problema...
Ah! Ainda lembro de voce!
olha quem eu encontro na virada da maré...
=D
e eu ainda lembro, assim como vc, guitty (ainda te chamam assim??)
o/
Só aqueles que sabem que eu ainda gosto
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